Vale a pena pedir demissão para ser motorista em tempo integral?

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A crise apertou e muita gente viu as contas se acumularem. Pra aumentar os ganhos, muitos brasileiros resolveram aderir à economia colaborativa e, para sua surpresa, perceberam que essa atividade era mais lucrativa que os seus empregos. Mas será que realmente vale a pena pedir demissão para trabalhar como motorista em tempo integral, por exemplo? É importante analisar vários aspectos antes de chegar a uma resposta.

É exatamente isso que vamos fazer hoje! Vamos falar um pouco sobre alguns motivos que tornaram essa escolha atrativa para muitas pessoas, sempre com bastante responsabilidade e planejamento. Vamos lá?

Por que se tornar um motorista em tempo integral?

Para a maioria dos brasileiros, a primeira resposta envolve o aumento dos ganhos. Afinal, quase todo mundo tem uma pilha de boletos pra pagar no final do mês, e a possibilidade de ver que a sua hora como motorista é mais lucrativa que o mesmo período no emprego convencional parece bem interessante.

Mas as grandes decisões da vida não podem ser tomadas de forma tão simplista. Sempre existem muitos aspectos a considerar. Veja algumas situações que podem, sim, sinalizar que é uma boa ideia pedir demissão e apostar nessa opção.

Dar uma guinada na carreira

Por uma série de motivos, tem muita gente que não gosta do trabalho atual. Alguns escolheram uma faculdade para agradar a família e hoje detestam a sua profissão. Outros percebem que os salários da área são baixos e gostariam de tentar outra opção.

Mas a maioria dos profissionais enfrenta um problema: como deixar uma vida estruturada para fazer um novo curso? Quando chegam a esse ponto, muitos já têm famílias e compromissos financeiros. Não é possível simplesmente largar tudo.

Para uma parte desse grupo, uma boa opção é se tornar motorista em tempo integral. Eles conseguem uma flexibilidade de horário que normalmente não têm em uma empresa, permitindo que voltem à sala de aula.

Além disso, se o orçamento apertar — já que um novo curso é também mais um gasto — ser motorista permite complementar a renda. É possível trabalhar dirigindo nos finais de semana, feriados e estender a jornada da noite por um tempo, até equilibrar as contas. Essa é uma opção que as empresas não dão.

Garantir mais flexibilidade à rotina

No ritmo acelerado de hoje, muitas famílias mal conseguem se encontrar. As pessoas saem cedo, chegam tarde ou trabalham em horários tão atípicos que dificultam o convívio.

Embora muitas pessoas acreditem que a luta pela sobrevivência justifica essa situação — já que, em alguns casos, ela realmente é inevitável — um grupo cada vez maior está buscando outras alternativas.

Aderir à economia compartilhada está entre elas. Vamos voltar ao exemplo do trabalho como motorista: o profissional pode definir os seus próprios horários e as suas pausas, ajustando sua rotina às necessidades da família.

Dessa forma, ele pode não só ganhar o seu sustento, mas também conquistar uma qualidade de vida superior.

Acelerar a concretização de um projeto

Muitos brasileiros têm vontade de realizar um sonho. O desejo pode variar: abrir um negócio próprio, virar mochileiro e viajar pelo mundo afora ou fazer um intercâmbio em outro país, entre tantas possibilidades.

O problema é que existe um obstáculo que impede a realização de grande parte desses projetos: a falta de dinheiro. É preciso se planejar com antecedência e fazer uma reserva a cada mês para ter condições de transformar o sonho em realidade.

Isso acontece porque, na maior parte das empresas, o ganho é limitado. Com exceção dos profissionais que recebem comissão, a maioria simplesmente tem um salário X por mês.

Só que nem todo mundo quer esperar tanto tempo. Muitos profissionais estão deixando os seus empregos tradicionais para trabalhar por conta própria e acelerar a construção dessa reserva financeira.

Como motoristas, eles descobrem que os seus ganhos são proporcionais às horas trabalhadas. Então, se quer mais dinheiro em um mês, um ano ou até alcançar as suas metas, é só aumentar o período de dedicação a essa atividade para ter o resultado esperado.

Conquistar autonomia

Muita gente reclama dos chefes? Com certeza! Mas ranços culturais à parte, o fato é que, para algumas pessoas, é realmente difícil se encaixar em uma empresa de hierarquia rígida, com supervisores, diretores, gerentes e procedimentos engessados.

Quando isso acontece, uma boa alternativa é buscar um trabalho que permite uma autonomia maior, uma liberdade na organização do tempo e controle dos próprios ganhos.

É importante que essa decisão seja pensada com muito cuidado, já que conquistar essa autonomia não tem só vantagens. A maioria das pessoas que toma esse caminho diz que trabalha mais que quando tinha um emprego, mas se sentem mais felizes.

O autônomo precisa perceber que ele pode até ter um horário flexível, mas que precisará trabalhar um certo número de horas para alcançar o seu objetivo financeiro. Além disso, ele não vai ter alguns direitos garantidos aos funcionários contratados pela CLT.

Para tirar férias, ele vai precisar guardar uma reserva todos os meses para utilizá-la no seu mês (ou quinzena) de descanso. Se ficar doente por alguns dias e não puder trabalhar, o seu rendimento vai ficar comprometido, pois não adianta nada conseguir um atestado médico.

Então, antes de tomar uma decisão tão importante, o profissional precisa avaliar bem todas essas questões. Ele deve pesar os prós e contras, analisar o seu orçamento e as suas necessidades pessoais para dar esse passo com segurança.

Também é bom que, antes de uma decisão definitiva, ele realize um teste para ver se as suas expectativas estão corretas. Passar alguns meses trabalhando nos finais de semana ou mesmo pegar uma quinzena das férias para ver se realmente é possível alcançar os seus objetivos nesse negócio é um cuidado interessante.

Nosso último conselho é: não pense apenas no dinheiro. Ele é importante, mas não é o único fator para a felicidade de uma pessoa. De nada adianta encontrar uma opção mais lucrativa se ela deixa você estressado por não gostar da atividade ou não ter o perfil indicado para realizá-la.

Trabalhar como motorista, por exemplo, vai exigir que você interaja com pessoas o tempo todo. E não adianta: alguns passageiros são simpáticos e educados, enquanto outros são extremamente exigentes e existe ainda o grupo que nunca está em um bom dia.

Portanto, antes de pensar em desempenhar essa atividade, pense se realmente gosta de lidar com pessoas e se esse é o tipo de trabalho que gostaria de fazer. Analise também se consegue se manter calmo no trânsito, sem acumular muita tensão.

Tente descobrir se o trabalho que está pensando em fazer é capaz de satisfazer as suas necessidades de forma plena, não só financeiramente, mas também na realização pessoal e possibilidade de melhorar a qualidade de vida.

E aí, chegou a uma conclusão? Vale a pena pedir demissão para trabalhar como motorista em tempo integral? Já teve alguma experiência desse tipo? Conte pra gente nos comentários!