Ter um veículo implica em alguns investimentos, principalmente em termos de segurança. Além de revisões e alinhamentos, o motorista precisa garantir que terá assistência em caso de acidente, roubo ou furto. Para isso, existe o seguro ou a proteção veicular, alternativa menos burocrática e mais em conta.
Diferente das seguradoras, as cooperativas responsáveis pela proteção automotiva oferecem serviços semelhantes sem visar o lucro. Por isso, costumam se destacar pelas cifras acessíveis.
Para entender melhor o funcionamento da modalidade e a diferença entre seguro e proteção veicular, preparamos a seguir um conteúdo detalhado sobre o tema. Confira nas próximas linhas!
O que é proteção veicular?
A proteção veicular é uma alternativa ao seguro automotivo, categoria bastante conhecida entre os donos de veículos. O ponto é que, diferentemente da segunda modalidade, a primeira é oferecida por associações sem fins lucrativos.
Ideal para quem procura soluções para economizar com o carro, moto ou caminhão, essa técnica costuma apresentar valores mais baixos em comparação com serviços oferecidos por seguradoras.
Mesmo com preços acessíveis, o trabalho desse tipo de proteção contempla várias adversidades que podem acometer motoristas, como:
- Colisão;
- Roubo ou furto;
- Incêndio;
- Danos a terceiros;
- Complicações por causas naturais, como enchentes.
O gênero também pode lançar mão de serviços de guincho, chaveiro e até mesmo manutenções automotivas. O que costuma ficar de fora, nesses casos, são os serviços 24h e ajuda em acidentes de passageiros, por exemplo.
Diferente das seguradoras, que oferecem os serviços ambicionando o lucro, os grupos de proteção veicular fazem o trabalho por um interesse comum: o de garantir respaldo ao associado.
Se no seguro o cliente encontra apólices, com direitos e deveres, nas cooperativas, os condutores devem encontrar contratos descomplicados. Isso faz com que a modalidade de proteção automotiva seja também menos burocrática e não detenha período de carência.
Apesar das distinções entre seguro e associação, ambos exigem um processo inicial de avaliação do automóvel. Nesta etapa, confere-se aspectos como modelo, ano e fabricante do veículo. Por outro lado, o valor final não costuma apresentar grande variação nas cooperativas.
Isso faz com que a opção de investimento em associações resulte em mensalidades até 30% mais baratas do que apólices de seguro. Contudo, associados podem enfrentar mudanças bruscas no preço mensal após um fluxo intenso de gastos no grupo, mesmo sem aviso prévio.
Como funciona a proteção veicular?
A proteção automotiva se assemelha ao seguro automotivo, pois oferece serviços que respaldam o condutor em adversidades. A principal distinção, neste caso, é que a primeira modalidade é oferecida por associações sem fins lucrativos – o que resulta em um valor mais em conta.
A ideia de criar um “fundo” comunitário surgiu em 1980, em São Paulo, baseada nos ideais do mutualismo. Para quem não conhece, a prática em questão remonta à Grécia Antiga e busca, por essência, oferecer assistência aos associados que contribuem periodicamente.
No caso dos veículos, funciona da mesma forma, pois respalda contribuintes que pagam uma mensalidade em busca de seguridade em caso de acidente, roubo etc. Apesar de ter sido idealizada na década de 1980, a modalidade tomou fôlego no início dos anos 2000, em Betim, cidade mineira.
Por lá, caminhoneiros, sobretudo os que transportavam veículos, ficavam à margem da cobertura de seguros, seja pelo risco de terem cargas inflamáveis ou pelo alto valor. Em alguns casos, o preço cobrado equivalia a 50% do valor bruto obtido pelo condutor.
A categoria preterida por seguradoras ainda abarcava motoristas de táxi, que detinham um risco elevado de roubo e furto, bem como pessoas com restrições financeiras e histórico de roubo.
Dentro deste panorama, motoristas se mobilizaram para criar as primeiras associações de proteção veicular. Assim, grupos passaram a pagar uma mensalidade para um fundo comunitário, para uso em eventuais sinistros.
É seguro fazer uma proteção veicular?
As cooperativas tem por objetivo garantir respaldo aos motoristas. Então, sim, a modalidade de proteção veicular é confiável e pode ser uma opção considerável, visto que procura dar amparo ao associado em caso de sinistro.
Mas, diferente do seguro, as organizações sem fins lucrativos não estipulam um prazo máximo para o ressarcimento. Nas seguradoras, o tempo para restituição costuma ser de 30 dias, tempo que pode se estender no caso das associações.
Para reforçar a segurança e atestar que tudo sairá nos conformes, vale revisar o contrato antes de assiná-lo e estudar a reputação do grupo antes de fechar negócio.
Também é importante lembrar que, na cooperativa, os integrantes são associados e, por isso, caso haja algum imbróglio com o fundo ou com a organização, ele também responderá por isso.
Na contramão de uma empresa, que costuma ter um órgão regulador de âmbito federal, as associações de modalidade de proteção automotiva contam com uma entidade autorreguladora, responsável por desempenhar o papel de fiscalização.
A chamada Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais (AAAPV) é o nome de maior destaque no ramo de supervisão e agrega diversas associações sob seu controle. Juntas, elas respondem à Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB).
Afinal, qual a cobertura da proteção veicular?
Muitos consumidores têm dúvidas e se perguntam se a proteção veicular é confiável, afinal, é normal que fiquem inseguros na hora de contratar o serviço para os veículos. É importante dizer que a contratação desse tipo de serviço requer que os contratantes fiquem atentos a alguns pontos relevantes.
Primeiramente, é importante saber que, ao contratar a associação, o usuário será um associado, e não um cliente. Ou seja, por ser um sócio, este poderá sofrer da mesma forma que a empresa e até mesmo precisar tirar do seu próprio dinheiro para salvar o negócio, como explicado anteriormente.
Na prática, para compreender melhor, é importante saber do que se tratam os sinistros. Carros sinistrados nada mais são do que carros que tiveram uma colisão ou um acidente, bem como carros de furto e de enchentes.
Esses veículos costumam aparecer em leilões, após as seguradoras recuperá-los e colocá-los no mercado do leilão. É importante mencionar também que o sinistro tem vários graus também. Há sinistros que podem ser retirados e sinistros que não podem, por exemplo.
Retomando a explicação sobre os prejuízos que o associado pode ter, é importante ter em mente que, nessa modalidade de proteção, se o número de sinistros em um mês for maior que o esperado, a mensalidade pode subir muito, sem aviso prévio.
Por isso, na hora de contratar esse tipo de serviço, é importante pesquisar bem sobre a empresa, atentando-se para pontos da estrutura da mesma, como há quanto tempo ela está atuando e o número de associados que possui.
Em relação à cobertura que a proteção veicular oferece, é válido mencionar que os benefícios variam de associação para associação. Por esse motivo, é muito importante que o contratante leia atentamente o contrato antes de assiná-lo, tendo em vista saber se aquele serviço está de acordo com suas expectativas.
O que é coberto pela proteção veicular?
A proteção veicular pode variar em cada cooperativa, mas, no geral, ela cobre:
- Roubo ou furto do veículo;
- Acidentes;
- Incêndios;
- Indenizações de R$ 30 a R$ 100 mil a terceiros;
- Indenização por causa natural, como enchentes ou alagamentos;
- Serviços de guincho;
- Serviços de chaveiro;
- Serviços de mecânico.
O que a proteção veicular não cobre?
De modo geral, a proteção veicular não oferece cobertura para os clientes que agravam o risco do objeto do contrato. No caso do associado agir com má fé para obter uma vantagem ilícita, perderá a cobertura.
Por exemplo, se o motorista está dirigindo a 150 km/h em uma avenida com limite de velocidade de 90 km/h e sofrer um acidente, não haverá cobertura dos danos causados.
No entanto, não há uma lista pronta do que a proteção veicular não cobre. Isso depende do contrato de cada associação, sendo importante ressaltar que não há cobertura para todo e qualquer risco.
Outro exemplo é: se o condutor estiver rodando com o carro com os quatro pneus carecas, essa seria uma má condição de uso que poderia gerar um acidente, então é bem possível que o benefício do reparo não ocorra nesse caso.
Até porque a maioria dos contratos de proteção veicular contam com uma cláusula excludente de cobertura, que é: o associado deve zelar pelo bom estado de conservação do seu automóvel.
Então, além de pagar a mensalidade, há obrigações previstas no regulamento do associado que devem ser cumpridas a fim de garantir que todos os benefícios sejam oferecidos.
Qual a diferença entre seguro e proteção veicular?
Proteção veicular ou seguro? Essa é uma pergunta feita pela maioria dos consumidores que desejam contratar esse tipo de modalidade de garantia.
A diferença entre eles é simples: o seguro é oferecido por uma empresa, fruto de uma iniciativa privada, enquanto a proteção veicular consiste em um “rateio” entre associados que criam um fundo comunitário.
No entanto, ambas as iniciativas cumprem com o mesmo propósito, que é o de ajudar o motorista em caso de sinistro.
O histórico da proteção veicular agrega premissas que envolvem a redução na burocracia, valores mais acessíveis e abertura aos motoristas que seriam barrados nas seguradoras.
Além disso, as atividades não visam, em momento algum, o lucro. Ao contrário disso, não há donos e clientes, uma vez que todos são associados.
Já o seguro existe com o propósito de conferir um respaldo aos clientes por um valor mensal. Desde o surgimento da prática mercantil, de comércio, a técnica tem sido desenvolvida para ajudar as pessoas a se manterem amparadas em seus investimentos.
Hoje, milhares de pessoas ao redor do globo lançam mão de um preço mensal ou anual para ter a proteção do seguro.
No Brasil cerca de 30% dos carros que circulam no país dispõem de uma apólice, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg).
Qual é a melhor empresa de proteção veicular?
No mercado, há várias empresas que atuam no segmento de proteção veicular, no entanto, cabe aos consumidores buscarem aquela que melhor se encaixa com seu estilo e orçamento.
Para escolher uma empresa segura e confiável, é importante que o cliente pesquise informações sobre a reputação da mesma.
Ficar atento a pontos em relação à estrutura da associação é de extrema importância, por isso, cheque o tempo que a empresa tem no mercado, quem são seus fundadores, as avaliações que ela recebeu — o Reclame Aqui pode ser uma boa fonte —, quantos associados ela possui, etc.
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Agora que você já está por dentro de como funciona o serviço de proteção veicular, confira 7 tipos de seguro automotivo e escolha o melhor para você. Para essas e outras dicas sobre o meio automotivo, acesse também o site Vida de Motorista.