A depreciação de veículos é um conceito que se aplica também em outros tipos de bens. Seja seu patrimônio composto por imóveis ou até mesmo por seus eletroeletrônicos, todo ele está sujeito à perda de valor por conta do seu tempo de uso.
Mas se acalme, não fique desanimado com essa notícia!
Porque ainda que o tempo seja um dado incontornável, é possível traçar estratégias que minimizem a depreciação. Por isso, saiba quais são os caminhos para diminuir a depreciação de veículos e garanta uma boa qualidade e vida útil ao seu automóvel!
Ficou curioso? Continue com a leitura!
O que é a depreciação de veículos?
A depreciação de veículos é a desvalorização do seu automóvel. De certo, já é sabido por muitos que com o tempo os bens tendem a perder o seu valor de início. Mas para que isso não seja de todo maléfico, conhecer algumas estratégias para minimizar esse fato é o ideal.
Como evitá-la?
No caso da depreciação de veículos, uma ótima forma de evitá-la é manter todas as revisões em dia, da forma recomendada pelo fabricante. Já em imóveis, por exemplo, sobretudo em casas, é essencial observar a manutenção dela.
Realizando as reformas necessárias e acompanhando a qualidade da pintura, vidros etc conseguimos segurar toda a sua depreciação.
3 critérios para avaliação da depreciação de veículos
Para uma boa estratégia de minimizar a desvalorização do carro, é necessário reconhecer os principais critérios que levam seu automóvel a ficar “mais barato”.
Acompanhe conosco e descubra os 3 pontos essenciais para preservar seus investimentos e minorar, o máximo possível, a depreciação do seu veículo!
1 – De olho na tabela Fipe
A tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) é uma ferramenta de suma importância para acompanhar os valores atualizados do seu veículo. A tabela Fipe mensura valores atualizados de carros, caminhões e motos a partir do valor médio encontrado nos anúncios de venda por todo o país.
Assim, é importante ressaltar que ela é uma base importante para quem busca ter maiores referências para negociação. Isso porque os valores dos veículos são influenciados pela região em que ele se localiza, estado de conservação e até mesmo pela cor.
Acessórios de série, adicionais tecnológicos e até mesmo o nível de busca por determinado tipo de veículo podem também impactar o valor de referência na tabela Fipe. Assim, monitorar as atualizações da tabela em relação ao seu veículo é essencial para garantir que ele não perca tanto valor, seja para troca ou para venda.
Como sua atualização é mensal, é fácil mensurar a depreciação de veículos: basta acompanhar quais os valores de referência mês após mês.
Essa também é uma forma de garantir a compra de um veículo. Assim, você ganha maior poder de barganha e, certamente, pode chegar a um melhor consenso sobre o valor a ser investido.
2 – Como o modelo do carro interfere em sua desvalorização
Analise o seguinte quadro: você sempre optou por comprar carros de montadoras tradicionais e sempre fez a manutenção de acordo com a recomendação do manual do veículo. Neste cenário seu carro, depois do primeiro ano de uso, perdeu apenas 8% do seu valor original, de acordo com a tabela Fipe.
No entanto, andando pela cidade, você frequentemente encontra outros carros desse mesmo modelo, cor e ano. Isso quer dizer que quanto mais popular for o carro, menor será a sua taxa de desvalorização, uma vez que sua procura é maior.
O mesmo não ocorre, como vimos, com carros importados, caminhonetes e SUVs. Isso pode ser um efeito colateral da exclusividade, afinal, carros assim, além do valor mais elevado, têm assistência mais cara e peças, quase sempre, mais difíceis de encontrar.
Além de que, geralmente, o mesmo mecânico que pode consertar rapidamente um carro popular, pode ter maior dificuldade em fazer reparos em carros dessas categorias. Assim, na hora de analisar a depreciação de veículos, vale a pena observar os valores de referência de anos anteriores.
Dessa forma, tanto o consumidor que deseja adquirir o primeiro veículo quanto aquele que já está analisando a próxima troca, pode preservar suas finanças.
E mais: garantir uma vida com menos surpresas em relação à manutenção do veículo.
3 – Histórico de acidentes
Essa dica é essencial para quem deseja comprar um carro usado.
Para além de acompanhar as tendências da tabela Fipe e sempre ficar de olho nos carros que sofrem menor depreciação, o histórico de acidentes do veículo é um critério essencial para orientar a sua escolha.
Todos os dados sobre batidas graves, que envolvem o departamento de trânsito do município estão relacionados na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), são públicos e podem orientar muito bem a escolha por um veículo, sobretudo através do Certificado de Segurança Veicular (CSV), que está no documento do carro, moto ou caminhão.
Através desses dados é possível ter já uma boa ideia sobre a saúde do motor, chassis e lataria, e, sobretudo, analisar o impacto disso sobre o valor final a ser negociado.
Outra forma de complementar essa avaliação inicial – uma vez que nem todos os acidentes são reportados ao departamento de trânsito – é através de uma avaliação com mecânico.
Alguns sinais denunciam acidentes e, mesmo que pequenos, devem ser levados em conta:
- Portas rangendo ou desalinhadas;
- Pintura raspada;
- Desalinhamento de peças de capô ou para-choques;
- Pintura de cor desigual em partes do carro;
- Presença de marcas de martelinho na parte interna da lataria;
- Lanternas com sutis variações.
Conferir também, junto ao mecânico, a presença de lodo ou terra por baixo do veículo é essencial para garantir que ele não tenha sido atingido por enchentes. Se houver qualquer traço de lama ao levantar o veículo e analisar a lataria por baixo, pode ser um indício grave de comprometimento elétrico do automóvel.
Isso impacta negativamente na depreciação de veículos e pode ser, caso decida topar a compra, um ótimo argumento para a negociação de valores.
Ter pelo menos esses três fatores em mente ao realizar a troca ou compra de um veículo é essencial para o sucesso do investimento.
Orientações para auxiliar
Atualmente, em relação aos automóveis, as principais perguntas para orientar a depreciação de veículos, podem ser analisadas da seguinte forma:
- Qual o valor investido inicialmente, ao adquirir o produto novo?
- De que maneira foi feita a manutenção dele? Contou com equipes especializadas e seguiu a recomendação do fabricante?
- Qual foi a inflação praticada no período entre a compra e a atualidade?
- Houve colisão ou outro tipo de evento que possa comprometer o veículo?
- Os pneus e demais componentes essenciais foram trocados recentemente?
Quando levamos essas perguntas todas em consideração e temos respostas positivas em relação a elas, a taxa de depreciação praticada é de 20% do valor original. Esse valor de referência, no entanto, pode aumentar dependendo do estado do veículo.
Por conta disso, reforçamos que é essencial mantermos sempre a manutenção veicular em dia, para que não comprometa ainda mais o valor final do veículo.
Depreciação de veículos importados e nacionais: qual a diferença?
Assim como citado, é essencial sempre analisarmos o estado do automóvel como um todo: pintura, estofado, motor e, sobretudo, tecnologia aplicada a ele. Outro fator importante a se levar em conta é a nacionalidade do veículo.
Veículos importados
É claro que os importados têm o seu charme, mas para um proprietário que não tem qualquer interesse em perder o valor inicialmente investido, o tempo pode ser fator determinante. Isso porque, dada a manutenção especializada com valor bem elevado, a cada ano os importados se depreciam de forma acentuada.
Assim, os 20% anuais que mencionamos, chegam rápido a 25% quando se trata da depreciação de veículos importados. Em dois anos, portanto, o valor inicial cai pela metade.
Por isso, a recomendação é clara: se você é fã de importados e prefere manter um sempre como novo em sua garagem, troque de veículo anualmente. É a melhor forma de evitar a perda significativa dos seus investimentos financeiros e, sobretudo, não desvalorizar tanto o veículo no momento da venda.
Veículos nacionais
Em contrapartida, em relação aos automóveis nacionais, encontramos taxas bem mais atraentes quando se trata de depreciação de veículos. Aqueles com baixa quilometragem, em excelente estado de conservação e todas as manutenções em dia, em dois anos não perdem mais do que 30% do seu valor de compra.
Como seu público é bem mais amplo e definido no Brasil, os carros populares, ainda que já com dois anos de uso, são valorizados pelo mercado quando em boas condições. Isso porque quem está interessado pela compra pode facilmente ter maior poder de negociação, seja diretamente com o primeiro proprietário ou em concessionária.
O que nem sempre acontece quando o veículo é novo.
Já com caminhonetes e SUVs, por seu público ser menor, a desvalorização também atinge em cheio o valor inicial do veículo. Assim, ainda que seja nacional, é melhor não esperar pelo segundo ano do carro para anunciá-lo para a venda, uma vez que a depreciação do veículo poderá superar os 20%.
Cálculo básico de depreciação
Se estiver complicado de entender o quanto se pode perder na taxa de depreciação de veículos, fique tranquilo que nós iremos explicar como calcular a depreciação!
Atualmente, a vida útil de um carro novo é de cinco anos, apenas. Depois dessa época, a depreciação chega a 0 e a venda é calculada apenas pelos valores de referência praticados no mercado.
No entanto, em um prazo de cinco anos, ainda é possível fazer uma mensuração matemática da depreciação de veículos.
Um exemplo de cálculo de depreciação:
- Valor do carro 0 km, no momento da aquisição: 50 mil reais.
- Prazo de vida útil – enquanto há depreciação: 50 mil reais/ 5 anos = 10 mil reais anuais.
- Perda estimada, mês a mês: 10 mil reais / 12 meses = 833,33 reais.
- Estimativa de perda pelo tempo de uso: meses de utilização do veículo * 833,33 reais.
De posse dessa ferramenta de cálculo, a estimativa é a de que, para um veículo em perfeitas condições a venda seja, após um ano e oito meses de uso, de 33.333,33 reais.
Isso porque, ao longo desses 20 meses de utilização do veículo, o valor depreciado foi de 16.666,67 reais.
E agora que você já percebeu quais são os critérios amplos – citados acima – para analisar a depreciação de veículos e entendeu o passo a passo do que pode ser prejudicial para o seu bolso na hora de vender ou trocar seu carro, está preparado para analisar suas próprias opções de escolha.
E aí, você já procurou saber quanto vale o seu carro atualmente e o quanto ele poderá sofrer com a desvalorização de veículos?
Fique de olho em nosso blog para saber de mais dicas para ter compras mais seguras e desfrute, sempre, o melhor do seu investimento!